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É quando m'encaro

Naquele espelho gigante

Da sala

Que a tristeza cala

O grito angustiante

Que fala

Sobre o arrependimento...

Porque quando tive chance

Naquele V que se me abriu

Segui cortando a reta

Entortando a seta

Na direção que me traiu.

E agora os V's d'outrora

São o tempo que devora

A juventude qu'então se vai...

E o peito que me controla

É o mesmo peito que, ora, decai...

Me bate o frio

Forte - no ventre

Como a mentira que ouvi de mim...

Me açoita a brisa

Suave e quente

Como a serpente tão vil... ruim...

E já não sei se faço versos

E já nem quero saber enfim...

Só penso e choro... e me disperso...

Nesse universo triste e sem fim...

Me arrependo, assim confesso

Foi tudo excesso o que cometi.

Me repreendo, não me interesso,

Mas deixo impresso o que senti...

Desilusão, tristeza e dor...

Incompreensão, angústia, horror...

É o que me trouxe e me mantém

É o que me coube e me convém...

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3700588
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