Escondo-me.

No profundo oceano

Onde os sonhos se afogam

Entre anêmonas e corais

Na opacicidade dos sonhos

Nessas águas do mais fundo de mim

Escondo-me do mundo!

Quisera eu esconder-me de mim

Da gravidade das horas

Quando a manhã já nasce entardecida

Nesses dias lilases...Sonhos fenecem.

E eu adormeço planos de futuro

Apago perspectivas nessa letargia da vida.

Esse meu oceano de águas estagnadas

Onde as correntes cessaram,anunciando um fim

Ouço daqui desse profundo abismo, o som de harpas mortas

De canções tortas tocadas por liras quebradas.

Ouço daqui o som do medo,sombras enredos de mim

Sinto a acidez das águas-muro que cerceiam minha liberdade.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 11/06/2012
Código do texto: T3718070
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.