ESGAR

Não e a saudade que eu farejo em teu caminho triste

Teus marejados olhos não me falam de nenhum segredo

Eu vejo neles vaga luz de ideias que abandonaste

Nenhuma aventura me sugere teu sorriso

Um dia eu soube ardeu em você todo o fogo da vontade

A chama do desejo faminto de ter...

De conquistar...

Pra onde foi tua chama agora?

Sentada em lento ato pareces tão solene

Taça de vinho na Mao e sabe se La que ideias flutuando na cabeça

Historias proibidas?

Delitos secretos?

Teus vícios?

Você não diz... e ninguém pergunta

Eu sinto a exaustão em tua voz que já foi harmoniosa

Já foi bem vinda...

Já foi sexy...

Hoje e sombria

Tão sombria...

Tua carne treme na fraqueza deste novo ser que te tornaste

Em algum lugar algo seu ficou para traz

O melhor de você

Diante de mim você distende um sorriso assustador

Um sorriso que quase range...

É muito mais um esgar...

Mais uma dose? Você pede em lenta entonação de fracasso...

Eu sirvo sem mais motivos para negar...

O vinho enche taça e esvazia você de meu coração

Em frente tenho o fantasma de uma mulher altiva

Na mente desfila a memória de sua gloria.