Fim de mim

Sinto o cerco se fechando.

Estou sitiado, sem saída...

Por todos os lados, paredões sólidos e opacos !

Todos os sonhos morreram,

a realidade os esmagou !

No céu sem horizonte, só nuvens de chumbo !

A esperança agonizante é brasa fria,

que a menor brisa apagará...

O nó da garganta não quer se desfazer,

o coração bate com preguiça.

As pernas não se dobram, os pés já se arrastam...

Olho para o chão, buscando onde desabar,

mas não há lugar !

Sou zumbi diurno, com noite na alma...

Karin Luiza
Enviado por Karin Luiza em 09/02/2007
Código do texto: T374989
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