Fim de mim
Sinto o cerco se fechando.
Estou sitiado, sem saída...
Por todos os lados, paredões sólidos e opacos !
Todos os sonhos morreram,
a realidade os esmagou !
No céu sem horizonte, só nuvens de chumbo !
A esperança agonizante é brasa fria,
que a menor brisa apagará...
O nó da garganta não quer se desfazer,
o coração bate com preguiça.
As pernas não se dobram, os pés já se arrastam...
Olho para o chão, buscando onde desabar,
mas não há lugar !
Sou zumbi diurno, com noite na alma...