É FIM EM MIM
Barquinho à deriva num oceano de dor
Sem terra à vista
Ave perdida longe do ninho
De asas quebradas no frio da noite
Uma represa de lágrimas num peito dolorido
Choro contido
Sorriso sem graça
Olhar perdido
Semblante abatido
Peregrina errante, sem rumo, sem direção
Andando oscilante na estrada da desilusão
Fogueira apagada, árvore cortada
O projeto que não deu certo
O sonho interrompido
Deserto sem oásis
Dia nublado, dia de luto
A noite infindável
O silêncio, a dor, a frustração
Olha os meus versos! Perderam a rima!
Não fazem sentido, não têm mais nexo
Palavras perdidas, falta poesia...
Bagunça na alma
Sonhos empueirados
a tanto tempo abandonados
Esperanças frustradas, sentimentos perdidos
O fim da festa, o dia seguinte, a ressaca
A linha de chegada onde há uma placa:
"É proibido sonhar"
O vazio, o frio, a escuridão
Eu sem você
É fim em mim...