A INFÂMIA DE UMA MÃE

Hoje acordei com um no na garganta...

Ao pensar em tudo o que passei...

Em todas as lágrimas que derramei...

Pelo desamor de uma mãe cruel.

Que me abandonou na rua, com fome e sede,

Com frio e medo, carregando a dor e o desamor.

Soluçando a cada vez que pensava que havia sido rejeitada

Pela única pessoa que deveria me amar...

Minha Mãe.

E quando me lembro de toda infâmia...

Que me fizestes sentir.

Rogo e imploro a Deus querido,

Que logo me tire daqui.

Lembro com fervor em minha alma, de todos os tapas e pontapés,

Que desde criança destes em mim.

E mesmo tentando eu receio que jamais arrancarei o ódio que há em mim.

Penso eu o porquê de vim ao mundo.

Para ter que carregar para o resto de minha vida...

O pesadelo desta tão dita mãe querida.

Que aos olhos dos que não querem enxergar, ela se torna santa e piedosa.

Enquanto ao meu lado somente sabe me maltratar...

E quando então me revolto e penso em me libertar...

Vem logo ela e resolve me ameaçar.

E mesmo hoje sendo grande.

No coração ainda criança e o medo vem me perturbar...

Porque então mãe querida! Não parte para longe...

Tão longe que eu não possa mais te olhar.

Verônica Guidi

08 de junho de 2012

Veronica Guidi
Enviado por Veronica Guidi em 27/07/2012
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