Máscaras

Quando tudo se mostra vazio e solitário.

A alma reclama imersão no silêncio.

Os olhares reclamam alguma coisa.

Coisa que ninguém pode decifrar.

Onde esconderam o botão mágico?

Aquele que me dá a coragem?

De fechar as cortinas e mergulhar.

No silêncio ir a fundo.

Acabaram todas as minhas máscaras.

Agora é só dor.

Seria verdade que não conheci o que é amor?

O que importa sem máscaras ninguém te olha.

Tudo é mais bonito quando sorrimos.

Ensinam-te desde criança.

Sorria... Agradeça... Peça desculpas...

E você? Que importa você! Obedeça!

Conspiro contra a minha própria loucura.

Imaginando que as feridas estavam a sarar.

E caminha pela vida na busca do toque.

Toque de alma se alguém enxergar.

Pequeninas grandes coisas.

Far-me-iam sentir a dimensão da importância.

Da minha insignificância.

Roubada desde a infância.

Já não quero descobrir nada mais.

Nem calma, nem alma...

Nem coragem, nem controle...

Deixar-se ir não pretendo seguir!

14/08/2012