ESTADO PRESENTE AUSENTE

Já não se engana

A verdade é insana

Alucinada

Aflita

Percorre pelas ruas

Pelos becos

Pela vila

Num desespero mudo

Sem voz

Sem grito

Que tempo é esse

Que não se espera

Que tempo é esse

Que dilacera

Nunca mais os seus braços

Nunca mais o seu abraço

Nunca mais os seus risos

Invadindo a casa de alegria

Assim vai

A dor é tempestuosa

E ela nem sente

Está em conflito

Está tão aflita

A loucura a domina

Percorre a sua mente

Dilacera suas entranhas

E desenganada

Está em tempestade

Buscando um abrigo

Onde só há desabrigo

Nem morrer pode

Já não sabe mais da vida e da morte

O que ela sente

Estado presente ausente

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 22/08/2012
Código do texto: T3842778
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