ACIDENTE
ACIDENTE
Na calada da noite
Recebeu um açoite
Toca o telefone
Que o deixou insone
A notícia da morte
De sua princesa consorte
Foi morte em vida
Adeus querida
Morte sem anúncio
Sem prenúncio
Acidente fatal
Após o carnaval
Tudo virou cinzas
Perdeu as cores
Imerso nas dores
Da despedida ranzinza
Perdeu o rumo
Andou sem rumo
Pelo resto que lhe restava
Dia a dia agonizava
Sonhava com a morte
Queria ter a sorte
De fazer a mala
E reencontrá-la
Enfim foi-se
Levou-lhe a foice
Quem sabe encontrou-a
Ou ficou vagando a toa