Desisto de mim.

O dia em que desisti

de mim mesmo.

Não aguentei mais,

a tristeza subiu ao nível doente.

O vômito excedeu

e a abominação chegou ao limite.

Neste dia me engasguei

com minha própria perdição.

Melhor me é morrer logo!

Melhor me é ir para longe,

sofrer sozinho

sem nenhum empecilho.

Neste dia

levantei bandeira maculada

e desisti de mim,

desisti do meu ser.

Ele não presta, não serve

meu ser foi como vômito,

abominação perante o arraial,

que seja apedrejado!

Apedrejem e abominem tal monstruosidade,

carreguem este corpo sujo,

alimentado na abominação

todo podridão.

Transpassem-no com uma espada,

esta com lâmina sangrenta.

Enforquem-no no escuro,

onde não há esperança!

O dia em que desisti deste corpo,

engasguei-me com tanta podridão

e elas me encheram os ossos,

vozes me perturbaram.

Lança-me na perdição

e abomina-me uma vez por todas!

Mata-me com força,

pisando em minha cabeça!

Desisto deste corpo,

eu, simplesmente, desisto de mim.

Toda esperança em mim

se foi, morreu.

Onde está a esperança,

para onde vou eu?

A esperança tem uma forma,

esta, de cruz.

O que não desiste de mim

matou seu próprio filho, por mim.

[12/09/12]

Cesare, em tudo capacitado pelo Senhor.

Cesare Turazzi
Enviado por Cesare Turazzi em 12/09/2012
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T3878371
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