LOJAS DE BRINQUEDOS

LOJAS DE BRINQUEDOS

Lojas de brinquedos abarrotadas

Crianças que choram, que riem

Que pedem, que exigem

Crianças abastadas

O brinquedo comprado

Logo estará num canto

Sem nenhum encanto

Abandonado

A ordem é consumir

Tudo é veleidade

Porque na verdade

É apenas comprar, sem curtir

Todo dia é novidade

Todo dia é leviandade

Vendida como presente

Para amor ausente

Comprar mais uma quinquilharia

Que vai durar no máximo um dia

Logo vai pr’algum escaninho

Sem qualquer carinho

Enquanto isso a presença

O ensinar valores e a querença

Vão ficando sem preços

Pela falta de apreço

Cada vez mais compra-se

Cada vez mais vende-se

Cada vez menos ama-se

Cada vez menos, crianças

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/10/2012
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