Cacimba Sertaneja

 
A falta d´água, seca açudes, seca os rios e racha o chão,
Mata o verde, deixa cinza o ar,  só o pó voando na seguidão,
Só resta ao sertanejo a cacimba que ele encontrou,
Com um galho de madeira seca e muita fé no coração,


Quando seca a cacimba, chora forte o sertanejo,
Sabe ele que sem água, não pode ali se manter,
Se acaba a água da cacimba, se acaba a esperança,
Então ele reza a Deus, pedindo a chuva esperada,

Pra manter cheia a cacimba... a sua fonte de água,

A cacimba cheia d´água, mata a sede e molha o chão,
Na seca que mata o verde e o  gado, ela é a salvação,
Pro sertanejo que chora, ao ver seu gado morrer,
No sofrido chão rachado do empoeirado sertão,

Ele chora por amor a terra rachada e ao gado que sofre,
Por ver esvair-se a vida em cima da terra seca e sofrida,
Ele reza e pede a chuva, pra molhar de novo o seu chão,
Pra devolver a vida da terra... e a esperança ao sertão,

Sabe o sertanejo que logo, que Deus mandar a chuva,
Ele vai recomeçar, o gado morto ele já não pode salvar,
Com a coragem que tem e a fé em Deus, ele vai se levantar,
Vai manter sua família unida, na terra... que é o seu lugar,

A terra quando tem água, cobre de verde o chão do sertão,
E o sertanejo alegre, agradece a Deus, pela sua plantação,
Sabe ele que o que plantou vai nascer, e o gado que sobrou,
Vai viver, e as crias que vão nascer, vão ter água pra beber,

Só Deus pode salvar o sertão da falta d´água,
Só Deus pode fazer crescer o verde no chão,
Só Deus pode levar esperança ao Sertanejo,
Só Deus pode fazer chuver, pois ele é a salvação,


Elivaldo Pereira
Enviado por Elivaldo Pereira em 26/11/2012
Reeditado em 26/11/2012
Código do texto: T4006403
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.