S-O-Z-I-N-H-A

As vezes tento fugir dessa solidão

Abandoná-la de vez, refugiar-me

Mas sei que sentirei saudade

E ao mesmo tempo tenho medo

Porque talvez já seja tarde!

Lá fora ouço risadas, murmúrios, gargalhadas

De uma festa que já começou

Mas não fui convidada

Sou o oculto na escuridão

E o invisível mesmo no clarão!

Sou o nada, mas também sou o tudo

Sinto, vivo, morro, respiro

Não sei o que falo, penso, sonho

Sei que vivo numa vida sem sentido

Sem surpresas

E tudo já é calculado!

Os fatos se sucedem igualmente

Como numa pelicula de cinema

Como numa rotina

Varias cenas iguais com desfechos parecidos

E tudo que conquistei

Até mesmos os amigos

Foram todos esquecidos!

Ana Sarah
Enviado por Ana Sarah em 05/03/2007
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