Vívido Ente

Ando, cambaleante, procurando uma saída

A alma treme e chora, envolta em torpor

Anseio o fim do pesadelo chamado 'vida'

Pois a morte é a cura se a vida é a dor

Reencontro fantasmas, malditos agourentos

Vieram do passado para me atormentar

Riem enquanto definho, zombam meus lamentos

A decadência é inerente, mal posso respirar

A cada nova manhã nasce uma nova agonia

Ao ver que ainda vivo este meu destempero

Que maltrata, machuca mais a alma a cada dia

Mas ainda vivo, existo, isso causa desespero!

Houve quem antes disse que a dor era temporária

Que tudo era uma fase, que acabaria em breve

Mas a verdade se mostrou dura e arbitrária

Em pleno verão meu coração brinca com neve

Ah, como eu queria, eu preciso, necessito

De um motivo pra que seja útil esta batalha

Que torne o meu mundo um lugar mais bonito

Mas nos dias vindouros, só a tristeza se espalha

Se Deus realmente existe, que Ele me ajude

Que traga um fim para esta dor eminente

Que faça por mim aquilo que nunca pude:

Acabar com a vida deste ser tão doente

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 04/12/2012
Código do texto: T4019341
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