Jejum de amor

Desiludido,

do amor enojou-se

e ao jejum entregou-se

Também, pudera!

Sua consorte o abandonou..

Oh! Quê falta de sorte!

Trocou-lhe por outro

Bem apanhado de bolso

E o coitado chorou...

Chorou todo o seu pranto

O desejo, nele não mais se achou

E o infeliz amargou toda a dor...

Os carinhos, não tem mais nenhum

Está feito dor, renúncia e desprezo...

Vive em completo jejum

Não por amor à bandida

Que lhe é falecida...

Ah! Quê triste jejuar!

Jejuar de amor é morte renhida,

A vida perde todo o sentido

Mas enfim; a vida tornou-lhe triste

E triste ficou...

Tornou-lhe avesso

E do avesso ficou...

("Versos Dispersos" pág. 15 – 21 de maio de 1981)

Edir Araujo, poeta e escritor independente.

Autor dos livros: A Passagem dos cometas, Risos e Lágrimas, A

Boneca de Pano e Fulana (inédito).

Edir Araujo
Enviado por Edir Araujo em 13/12/2012
Reeditado em 09/09/2019
Código do texto: T4034405
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