AS MINHAS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

Minhas lágrimas de ácidas desfazem pedras,

Pedras que destruíram meus projectos,

Poucas lágrimas sobraram,

Dos pecados indefesos

Com que me acusaram.

Foram lágrimas tantas as derramadas,

Que meus olhos quase cegaram,

Por falta de exposição.

As poucas que escaparam,

São de emoção.

Até fechar eternamente meus belos olhos,

Mais lágrimas ainda conto derramar,

Já sem lenços p'ras enxugar,

Por não ter mais ninguém,

Interessada em me ajudar.

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 30/12/2012
Reeditado em 30/12/2012
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