O ANJO DA MEIA-NOITE

A meia-noite ando em silêncio e saio de casa

Vou a um penhasco e começo a escrever,

Canso-me, paro, me inclino e abro minhas asas,

E me jogo e plano sobre a cidade querendo te ver.

E frustrado pouso na mesma praça

A praça das flores onde encontrei você,

Sento-me no banco onde sem graça

Perguntei o nome que nunca iria esquecer.

Sento-me no banco e procuro uma pista

Que por magia indique teu lar,

E nada me alegra a triste vista,

Nada me indica onde possas estar.

Abro minhas asas novamente,

E corto o vento e as nuvens também,

Chego ao meu lar e recolho minhas asas tristemente,

E escrevo a saudade de você que me fez refém.

Escrevo poemas com a esperança que leias um,

E me encontrarás pelas pistas que neles deixei,

E verás também que não tive amor nenhum

Tão grande como este que lhe proporcionei.

ANJO DA SOLIDÃO
Enviado por ANJO DA SOLIDÃO em 03/01/2013
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