O ANJO DA MEIA-NOITE
A meia-noite ando em silêncio e saio de casa
Vou a um penhasco e começo a escrever,
Canso-me, paro, me inclino e abro minhas asas,
E me jogo e plano sobre a cidade querendo te ver.
E frustrado pouso na mesma praça
A praça das flores onde encontrei você,
Sento-me no banco onde sem graça
Perguntei o nome que nunca iria esquecer.
Sento-me no banco e procuro uma pista
Que por magia indique teu lar,
E nada me alegra a triste vista,
Nada me indica onde possas estar.
Abro minhas asas novamente,
E corto o vento e as nuvens também,
Chego ao meu lar e recolho minhas asas tristemente,
E escrevo a saudade de você que me fez refém.
Escrevo poemas com a esperança que leias um,
E me encontrarás pelas pistas que neles deixei,
E verás também que não tive amor nenhum
Tão grande como este que lhe proporcionei.