Alma triste

Quão desnuda está a madrugada

visitando-me devagar

sai da sua caverna encantada

e pousa no meu olhar

Manhã que dormira no colo da tarde

Noite embriagada de perfume

Fumaça em todos os seus alardes

Boca que destila estrume

Sinto-me morta em meus braços

Se me faço compassiva

Acalento-me em teus abraços

De morta em morta, sigo viva

A tristeza foi-se em segundos

Nenhuma alegria me visita

Em todos os meus mundos

Sinto-me em desdita!!!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 11/01/2013
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