Aprisionado
Todos e cada dia
A mesma sinfonia
Sinfônia a barulhar
Gotas de água a molhar
Corpo meu que me habita
Eis-me a dor que não hesita
Em me esfaquear a alma
E me acorrentar o espírito
O tempo só me pede calma
E seguindo a vida me limito
Onde eu existo
E não devo existir.
Se o erro do passado
O erro não houvesse
Não seria condenado
Mesmo que viesse
Acorrentou-me o espírito
E me fez uma alma
Uma mente consciente
Que a dor não me atormente
Liberta-me, oh, me liberta
Desse corpo que me habita
Desde corpo que me limita
A viver de asas abertas.