Um Poeta Desesperado

Morto-vivo,

Cadáver ambulante,

Semideus, semimorto,

Numa realidade distante.

Visão turva,

Pálpebras úmidas.

Olhar desesperançado,

Entregue, cansado.

Lábios desidratados,

Boca que não fala,

Há muito fechada.

De quando em quando,

Balbucia estas palavras:

"Venceste-me, Vida!"

Fecha os olhos e descansa

Sua alma sofrida.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 16/03/2007
Código do texto: T414898
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