Quando penso em ti...
Quando penso em ti...
Sinto tua falta
Desperta a saudade
E o vazio invade
A minha solidão sem fim
Quando penso em ti...
Lembro-me do teu doce olhar
E a dor volta de repente
É uma sombria verdade a ecoar
Que eu te perdi eternamente
Quando penso em ti
Um paradoxo tento compreender
É como se, viva, eu quisesse morrer
É como se, morta, eu pudesse viver
Quando penso em ti...
Alegria e tristeza dançam em minha mente
Cantando cirandas ao vento
De quem recebo alento
Enquanto choro tristemente
Quando penso em ti...
Sei que o passado não pode voltar
Sei que uma porta se fechou
Sei que nada vai apagar
O sonho que nunca se concretizou
Quando penso em ti...
Percebo que não há mais reflexo
Percebo que o intenso brilho se apagou
Com profunda angústia me despeço
Da alegria que um dia me inspirou
As últimas palavras são como as primeiras
A morte se aproxima sorrateira
Onde já não há a terna alegria
Só restaram cinzas e nostalgias
Um corpo sem alma vaga errante...
Como a esperança sem um horizonte
Uma sombra de um triste semblante
À espera do barqueiro Caronte