Quando penso em ti...

Quando penso em ti...

Sinto tua falta

Desperta a saudade

E o vazio invade

A minha solidão sem fim

Quando penso em ti...

Lembro-me do teu doce olhar

E a dor volta de repente

É uma sombria verdade a ecoar

Que eu te perdi eternamente

Quando penso em ti

Um paradoxo tento compreender

É como se, viva, eu quisesse morrer

É como se, morta, eu pudesse viver

Quando penso em ti...

Alegria e tristeza dançam em minha mente

Cantando cirandas ao vento

De quem recebo alento

Enquanto choro tristemente

Quando penso em ti...

Sei que o passado não pode voltar

Sei que uma porta se fechou

Sei que nada vai apagar

O sonho que nunca se concretizou

Quando penso em ti...

Percebo que não há mais reflexo

Percebo que o intenso brilho se apagou

Com profunda angústia me despeço

Da alegria que um dia me inspirou

As últimas palavras são como as primeiras

A morte se aproxima sorrateira

Onde já não há a terna alegria

Só restaram cinzas e nostalgias

Um corpo sem alma vaga errante...

Como a esperança sem um horizonte

Uma sombra de um triste semblante

À espera do barqueiro Caronte

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 11/03/2013
Código do texto: T4183234
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