O palhaço dança valsa

Conta-se aos dedos os aplausos e sorrisos.

O tempo que passa em tua janela

É de outrora, e não o do circo.

Saudades da multidão vêm em mil,

Memórias perdidas nas estradas do Brasil.

Hoje cinco, amanhã três! E depois?

Sorrir, porque tem que sorrir!

Alegrar, porque tem que alegrar!

Mas até quando, me diz

Como vai ser quando houver só nós dois?

A maquiagem esconde, disfarça

O que o coração pede pra mostrar

Cachoeiras transbordam, inundam sem parar.

Não tem mais aquele pique,

Acabou as folias, os embalos.

Foi embora os dançarinos, os músicos

E hoje, o único ritmo que ele escuta

É o triste som de uma valsa.

Daniel Vitor de Almeida
Enviado por Daniel Vitor de Almeida em 11/03/2013
Código do texto: T4183436
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.