Tempestade de silêncio

Deixei pra traz o foco

Pois a luz da morte me traz outros

Dói lembrar-se da tua voz juvenil reverberando no árido ambiente

Implorando pela vida

Os urubus a espreita do tua raquítica carne

Entres os ventos de maldição que adentram pelas janelas quebradas e rusticas

Seca maldita que levou a esperança dos meus dias

Terra amaldiçoada onde enterrei meus filhos

Canções de solidão propagada pela alma

Velas em luz de dias sombrios

Tua voz...

Minha fraqueza

Triste sina minha

Solo seco demasiado torpor

Isolado de preces padecendo ao sol

Calcanhar rachado pisando o seco barro do rio

Sol de trevas iluminadas

Rasga de vez minhas veias e molha o chão

Para que do solo brote pelo menos...

O fim

Armando Vidal
Enviado por Armando Vidal em 03/04/2013
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