Minha Promessa...
Que são alegrias, palavras errantes,
momentos infantes, partidos em sonhos...?
Que são as promessas, que são as fadigas,
valores, intrigas, anões ou gigantes?
Que são ideais, que são os escopos,
metáforas mortas, ou cantos medonhos?
Que são minhas rimas, meus versos, poemas,
apenas, os temas que não levo adiante...
Sucumbo tão fácil, levanto ligeiro,
pois tenho inda inteiro o meu coração...
Partido na dor, foi feito em pedaços,
foi preso nos laços de teia de amor...
Minh'alma cansada, em peregrinação,
veio de longe, em noite de crença...
Chegou mais arfante, em corpo criança,
achou que valia tanta exaltação...
Esperou pelo amor, nunca desistiu,
no primeiro que viu, buscou encontrar-te...
Lá não estavas, buscas inúteis,
sonhos mais fúteis, beijos perdidos...
Sonhos tão murchos, a vida passando,
a ti procurando, em cada um que me amava,
mas nada encontrando...
Era tua falta, que eu mais sentia...
Pois se vivia, para te encontrar,
como aceitar, o que não me apetecia?
Por isso, o cansaço, o esforço de aço,
o caminho do verso, querendo te achar...
Em canto escondido, do mundo afastado
estava teu pranto, perdido no olhar...
O mundo nos vendo, não se importando,
a dor nos vencendo, frágeis ficando...
Um dia, a poesia fez o milagre...
Dois entes distantes, agora amantes,
apenas, nos versos foram se buscar...
Eu e tu, nas mágicas cores
de nossos amores, por graça de Deus,
agora vivemos... Ainda, sofremos
por dores antigas, mas doces cantigas
nos vêm embalar...E nos olhos teus
me perco do mundo, mergulho profundo,
sem medo de errar...Quero amar...!
O resto não importa, que eu viva sofrendo,
alegre ou morrendo, eu quero cantar...
Eu sei que a vida é um segundo
para se expirar...Então, que eu tenha
por graça um momento, que eu venha no vento,
depois, como um sonho, para te abraçar!...
Não vou te esquecer, não vou te perder...
Eu te prometi e hei de cumprir,
cuidar-te prá sempre e prá sempre te amar!
(às 09:23 hs do dia 23/03/2007)