Linhas Incógnitas

De todas as noites que chorei

De todas as preces que rezei

Nada me fez tão bem quanto a minha cama no final do dia

Nem o além ou tua atenção aliviou-me tanto aquela agonia...

Blocos de concreto bem fixos

Torres de Pisa retas em chão liso

Uma fortaleza construída sobre meus sonhos

Tem algo errado, não paro de ouvir em meu coração gritos medonhos...

Sou um desertor de alegrias

Fugindo da pouca aventurança que me resta

Deixando apenas fuligem a toda vista

Sou o rei Midas...

O conto termina quando acordo

As fábulas se estendem a toda rota

A cada caminho um pensamento

Um acreditar sem fundamento...

E o seu rosto me traz explicações que duvido

Sua boca suja teima em me deixar triste

Eu não entendo, eu não sei por que você tanto insiste...

Vermelho é o mar

Negro está meu céu

Mais uma estrela cai e o sangue jorra no véu...

Meu mundo rege leis que não me agradam

Como conseguência vou matando almas

Corações já molestados...

A espada batiza e clama

Teu nome ardentemente chama...

Vida púrpura do amanhecer

Fonte da juventude que nunca vou ter...

Que toda esta dor se amarre aqui e suma quando a terra me compreender.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 29/04/2013
Reeditado em 29/04/2013
Código do texto: T4264653
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