VAZIO, CAUÊ, SAUDADE!
“Daqui donde estou bem vejo” o que sobrou da montanha:
Espaços descalvados, crateras lunares, sombrias clareiras.
O que era imponente pico, agora tem forma estranha:
Figura deformada; desfigurada; morta. Esquelética caveira!
Ah! Cauê dos antepassados, intrépidos aventureiros,
Que em busca do áureo metal, de ocultas riquezas,
Sertões, vales e serranias desbravaram, valentes guerreiros!
Para trás tudo deixaram: família, lares, títulos de nobreza.
Depois vieram as máquinas: ávidas, sedentas vorazes,
Em pouco tempo derrubaram, destruíram, desmataram,
Coisa que homens com pás e picaretas, fazer não foram capazes.
Num piscar de olhos... cadê você, Cauê, para onde o levaram?
J.Mercês
5/6/2013