Brasil: até quando?

Brasil: dá-me úlceras, dá-me coisas.

Brasil: dá-me raiva, dá-me repulsa.

Brasil, país varonil?

Não, não. Brasil: país do cantil, sem o til necessário.

Brasil: não é só isto que me dás,

pois dá-me também pivetes.

Tenros, sem sabor, sem sal, sem luz,

pivetes esdrúxulos, escrotos.

Mas não só tu, Brasil, país miserável,

não só você, não só tua terra.

Tem me dado também seus pivetes, Brasil,

pivetes covardes, audaciosos, rebeldes.

Brasil, até quando?

Jogue-os na vala, na lama, nas terras,

engula-os Brasil, engula-os.

Até quando, Brasil?

Até quando continuará parindo

estes pivetes mimados? Esta corja sem sentido,

sem ouvido, de língua flamejante.

País maldito, nação idólatra;

Brasil, sim, tu mesmo,

és terra das marchas indevidas,

dos cultos ao homem endeusado:

Brasil, país antropocêntrico.

Saia-me Brasil, venha,

vamos tomar uns goles, vamos conversar,

venha, o que que há?

Não adianta Brasil,

não adianta ir ao cartória mudar teu nome,

não me enganarás mesmo como Brazil.

Brazil, terra do exterior, do cantor,

do amador, do lutador, do jogador,

do roubador.

Brasil, terra de pivetes,

terra de vermelhos, desentendidos.

Brasil, terra da idolatria,

da mão esquerda maldita.

Brasil: terra abominável, nação pagã, país idólatra,

colhe apenas o que plantaste,

toma o que deste,

receba o que ofertou;

Brasil: local da "lei" dos homens,

injusta, inútil, justaposta em esterco.

Brasil: terra sem-lei,

nação odiadora do arraial,

das tábuas, dos mandamentos.

País que protesta estrume por esterco,

continuando na mesma iniquidade.

Vamos, Brasil!

Arrependa-se ou morra!

Arrependa-se da tua iniquidade

ou continues a desfalecer.

Vamos, Brasil! Fale alguma coisa agora!

Arrependa-se, ajoelhe-se, clame,

ou sofra a justa ira.

Fetos mortos sobre fetos,

crianças sobre crianças,

mães mortas sobre seus filhos;

crianças comidas por cachorros,

terror, angústia e desolação:

é isto que te espera Brasil,

caso não se arrependa.

Vamos, Brasil!

Coma teu sanduíche de mãos com fezes,

e morra dolorosa e lentamente;

tuas crianças, tuas mulheres, teus bebês

servirão de alimento para os corvos,

servirão de adubo para os pastos,

caso não venha ao arrependimento.

Tudo pode parecer bom,

bem iluminado e com vida primal,

mas no final, Brasil, com ou sem dinheiro,

com ou sem educação, com ou sem ouro,

com ou sem violência,

sem o Salvador, morrerás como a dentista indefesa,

o mendigo da praça, as escravas,

as crianças do campo de concentração... [...]

Vamos, Brasil, diga-me:

do que adianta regulamentar, regularizar

o transporte, o imposto, o tributo,

a casa, a polícia, a, educação, a sociedade

e não a alma, a salvação?

Poderás ganhar o mundo inteiro,

mas ainda assim perderás tua alma.

- Do que adianta isso não discorrer,

não ser um fruto salvífico? -

Protestam por uma sociedade

como sepulcro caiado, copo limpo e sujo;

protestam pela morte dos filhos

em troca de morte das mães.

Não protestam por uma sociedade de DEUS.

Brasil: dê-me a repulsa da qual és digno.

Brasil: arrependa-se, ajoelhe-se!

Vamos, Brasil, até quando?

Brasil: nação que odeia as Leis do Altíssimo.

Brasil: até quando não se dobrarás,

até quando não se curvarás

perante o único Rei Todo-Soberano,

perante o Trono absoluto Todo-Poderoso,

perante o Reino dos céus?

Cesare Turazzi, em tudo capacitado pelo Altíssimo.

[18/06/13]

Cesare Turazzi
Enviado por Cesare Turazzi em 18/06/2013
Reeditado em 18/06/2013
Código do texto: T4347344
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