Cedro envelhecido
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Sinto saudades das minhas crianças travessas
Quando sorríamos e brincávamos,
 Falando bobagens
Ficávamos à beira do riozinho
Enquanto uns olhavam,
Outros entravam no rio para tomar banho.
Aquela leve queda d’água
A ouvir a música que dela surgia
Era um bálsamo nos corações
Daqueles que ali apreciavam.
 
Mais tarde um ventinho suave
Debaixo dos grandes cedros
Brincadeiras inocentes
Ainda ali permanecia.
 
Hoje não mais crianças
A água da cachoeirinha
Quase não existe...
 
Vejo apenas olhos tristes
Não tem mais água, não tem mais sorrisos
De nada vale o tesouro do larápio
Ao ouvir a fala do cedro triste
 
Se a montaria existe
Já não é mais por paixão
Nela esconde a tristeza e a decepção
Pobre cedro envelhecido
Nas mãos as marcas da escravidão
Renasce no coração, o desejo
Da viandante paixão.