Adeus

Adeus! Ah! amarga palavra em minha boca,

proferida no doce e no féu de um momento,

me atira nas trevas do encanecido sofrimento,

numa ardência de minha alma padecida, louca.

Ah! esta inocência de minha alma menina,

que tropeça repetindo os mesmos passos,

longe, estes que apago e refaço nestes traços,

me levam onde me encontro e perco nesta trilha.

Ah! coração que se esquece de palavras lançadas,

acolhe-se em sua teimosia numa atrevida esperança,

ignora de mim a vontade, refugia-se em si e avança

por entre areias onde guardo pegadas apagadas.