MEU SONHO
Embevecida em meu sonho
Num silencio que me entorpece
Na inspiração em que componho
Deslizam em minha mente como prece.
Nesta madrugada fria e agourenta
Sinto me como naufrago perdido
Vendo a madrugada transcorrer tão lenta
Faz me sentir que não posso ser socorrido.
Vendo minha alma ser dilacerada
Padecendo obstinada sem razão
Parece que me fiz uma acorrentada
A este amor que maltrata meu coração.
E neste abandono em que me vejo
A escuridão lá fora, pois está sem luar.
Fugir deste destino é o que almejo
Para isso terei que deixar de te amar.
ANGELICA ARANTES