Fugindo de mim mesmo

O vento torto da manhã atordoa minha alma

enquanto evito mais um dia

de ser derrubado por tudo

e sugado pelo nada

Reflito sobre como as coisas foram ficar assim

e não consigo achar respostas

eu me perdi algum dia anos atrás

e nunca mais me encontrei

Corro pelos campos desertos da minha mente

onde já não tem mais grama e já não faz mais sol

procurando achar uma saída para este grande vazio

e lutando contra os monstros que me seguram aqui

Amedrontado pela mudança

mas sufocado pela repetição

estou explodindo neste labirinto

entre a realidade e a ilusão

Hoje olhei pela janela e vi vida

tão perto e tão distante do que fazemos aqui dentro

onde vendemos tudo o que temos:

a nossa alma, e o nosso tempo

Já não quero seguir neste paradigma

já não me importo com onde vou chegar

eu só quero sair daqui

e nunca mais voltar.

Diego Paim
Enviado por Diego Paim em 27/08/2013
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