ÚLTIMOS DIAS DE POMPÉIA

As encostas nas colinas trepidam!

É o prenúncio da erupção intempestiva

Do vulcão Vesúvio que avulta em labaredas

E atinge impetuosamente a área urbana

Disseminando terror nas longas horas tardias.

O mar se revolta em vagas enormes

Por vários dias e as lavas saltam

Espantosos estrondos e a atividade sísmica se desdobram.

Do céu escurecido abate-se uma chuva de aves fulminadas

E o mar exala peixes mortos.

Um calor infernal reina sobre toda a região.

Tudo termina para Pompéia.

E as lavas descem em torrentes ao raiar da aurora!

Os gases comprimidos no interior do vulcão

Forçam bruscamente o tampão de lava

E jorram rasgando o ápice do vulcão!

A imensa coluna de fogo precede a fumaça negra

E sucessivas explosões!

O vento arrasta penachos, cinzas pulverizadas,

E caem gigantescas pedras!

Somente a dor viceja os olhares inocentes.

Nada resiste à torturante exaustão, o holocausto

E o deflúvio de sangue dos últimos dias de Pompéia.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 31/08/2013
Reeditado em 31/08/2013
Código do texto: T4460333
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