munch - amor e psiche
Ah, por que escrevo?
Perguntam-me! São tão duros...
A que dever caberia
dizer-me às vozes do escuro
o que sangro em poesia?
São tão duros...
Da poeta Sonya Azevedo
Ah! Doce amiga minha, teu escrever
Leva vida às estrelas tão perdidas
Nos recônditos dessas linhas idas
E, aos que, alívio, aqui não consegue ter.
Bálsamo a quem, a luz, não pode ver,
Teus versos dizem da paz adquirida.
Nos negros pontos célios, e da vida
Inerme, enquanto luz se espera ver.
Teus versos, o teu canto de sentires,
Lirismo do profundo existir,
Beija a morte, aos que, por temor, não falam.
Levas versos ao infindo arco-íris
No abissal do cerne, o preexistir,
O primo vácuo... Dor dos que se calam.
Sonya Azevedo, gentil poetisa,
teus versos, a mim endereçados são tão lindos, tão lindos,
que nada poderia traduzir a emoção sentida ao lê-los.
Não sou merecedora, esteja certa disso, mas alegraram imensamente minha pequena alma, incitando-me ao recolhimento, para agradecer todas as alegrias que a poesia me tem ofertado, de forma abundante e generosa.
Muito obrigada!
Eliane Triska