Réu confesso

Sou criminoso

Confesso não nego, fui cego

Não amei, desamei e depois amei incondicionalmente

“...agimos certo sem querer... foi só o tempo que errou...”

E por isso desandei, errei e matei

O resto de brilho que tinha nos seus olhos

Cansou, cansei... derramei amor, amei ...

E sem pensar tramei minha própria morte

Atropelei o destino e me entreguei à sorte

Que virou azar

Naquela bifurcação me assassinei

Lá bem dentro do seu coração

E cravei na terra o punhal de ferro

E quem não erra? (ainda erro)

Sou um criminoso dessa guerra

Pensei em fugir

Mas preferi me entregar

Não vou mentir

Sou culpado, cumpro minha pena, saí de cena

Pra você seguir

Vivo atrás das grades do passado

Malvado alado

Que voa sem saber pra onde

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 09/09/2013
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