MEDITAÇÕES DE VIDA

“Historia de uma ROSA”

Rosa bailava ao som da suave brisa deixando o orvalho como lágrimas respingar no seu manto verde em uma manhã de primavera, linda, como era linda, seus encantos, seu perfume embriagava a distraída abelha no seu primeiro apanhar de néctar.

Lindas, suas pétalas aveludadas, vermelhas quase pretas desabrochavam para adornar a natureza. Tão linda intacta rainha do jardim, talvez estivesse dizendo delas sou a mais pura, a mais querida, sou a “Rosa”.

Coitada, mesmo com um discreto espinho ferindo aqueles malvados dedos, ela foi arrancada de seu majestoso trono e ficou o vazio como se já fosse o outono.

Rainha, prisioneira se foi, não sei ao certo o seu destino, talvez enfeitar o canto de uma pobre ou rica sala, enfeitar sorrisos de uma mulher ou o silencio de um funeral, enfeitar o quadro de um santo ou na pior ser a brincadeira de um mal me quer, bem me quer, não sei, restou apenas o perfume que a brisa vai aos poucos levando ao acaso, restou apenas seu lugar na natureza para renascer outra “Rosa” na próxima primavera.

Eu, passageiro no tempo Foz do Areia “ano 1980”

Gilvan passageiro no tempo
Enviado por Gilvan passageiro no tempo em 24/09/2013
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