Durante a Noite e o Dia
O frio que eu sinto
Na escura madrugada
Pela manhã já terá sumido
E a agradável brisa matutina
Beijará minha face pálida.
Enquanto na lasciva noite
Tu estás nua, ao meu lado,
Deitada em nosso ninho,
De manhã tu não estás,
Deixando-me ali, sozinho.
(Para outra noite acompanhar-me
E outro dia deixar-me).
Durante a noite taciturna
Eu escrevo minha vida
Em pedaços de papeis molhados;
No entanto, quando o sol sobrepõe a lua,
Aquelas letras não parecem mais poesia.
Mas tem uma coisa que nunca muda:
O vazio é sempre vazio.