Durante a Noite e o Dia

O frio que eu sinto

Na escura madrugada

Pela manhã já terá sumido

E a agradável brisa matutina

Beijará minha face pálida.

Enquanto na lasciva noite

Tu estás nua, ao meu lado,

Deitada em nosso ninho,

De manhã tu não estás,

Deixando-me ali, sozinho.

(Para outra noite acompanhar-me

E outro dia deixar-me).

Durante a noite taciturna

Eu escrevo minha vida

Em pedaços de papeis molhados;

No entanto, quando o sol sobrepõe a lua,

Aquelas letras não parecem mais poesia.

Mas tem uma coisa que nunca muda:

O vazio é sempre vazio.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 14/04/2007
Reeditado em 15/04/2007
Código do texto: T449941
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