Ainda Não

Chuva cai e para

Mas pra mim vive molhando

E desgraçando a minha vida

Me separando do bem

Mas aquele ali não sou eu

A mesma face horripilante

Mas eu não digo essas coisas

O verdadeiro é outro

Mas diferentemente da música, ainda a temo

Um medo fúnebre de anunciação

Que os dias de sorrisos, mesmo os mais forçados

Estão contados de pouco a pouco

A chuva cai e para

Lá fora desmorona mundos

Aqui dentro desmorona o meu mundo

O carma da solidão certa

A chuva que cai lá fora

Aqui dentro é convertida em lágrimas

Vendo que todos são felizes

... Tento amado uma vez...

Mas ela traz a minha diferença

De que nada pra mim é como nos livros

Nenhuma palavra, ação ou sentimento retribuídos

Apenas a morte certa num destino fraco

Aquele palhaço ali não sou eu

Palhaços não nasceram pra chorar

Nunca mais pintarei a cara do mesmo jeito

Pois a lagrima já está apegada à minha face

Sua máscara derrete na chuva

Mostrando o seu verdadeiro rosto

Triste e monstruoso

Sem saber aonde vai

Quem ouvir e o que ouvir mais

Sem mais nenhuma força, distância de fraqueza e medo

Medo de tudo e de todos, pois nada e tudo acontece

Medo da chuva que leva sua vida embora.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 01/11/2013
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