Ainda Não
Chuva cai e para
Mas pra mim vive molhando
E desgraçando a minha vida
Me separando do bem
Mas aquele ali não sou eu
A mesma face horripilante
Mas eu não digo essas coisas
O verdadeiro é outro
Mas diferentemente da música, ainda a temo
Um medo fúnebre de anunciação
Que os dias de sorrisos, mesmo os mais forçados
Estão contados de pouco a pouco
A chuva cai e para
Lá fora desmorona mundos
Aqui dentro desmorona o meu mundo
O carma da solidão certa
A chuva que cai lá fora
Aqui dentro é convertida em lágrimas
Vendo que todos são felizes
... Tento amado uma vez...
Mas ela traz a minha diferença
De que nada pra mim é como nos livros
Nenhuma palavra, ação ou sentimento retribuídos
Apenas a morte certa num destino fraco
Aquele palhaço ali não sou eu
Palhaços não nasceram pra chorar
Nunca mais pintarei a cara do mesmo jeito
Pois a lagrima já está apegada à minha face
Sua máscara derrete na chuva
Mostrando o seu verdadeiro rosto
Triste e monstruoso
Sem saber aonde vai
Quem ouvir e o que ouvir mais
Sem mais nenhuma força, distância de fraqueza e medo
Medo de tudo e de todos, pois nada e tudo acontece
Medo da chuva que leva sua vida embora.