Despedida

A tarde marcada em suas pegadas
Cada rastro a tristeza, onde escondeu
O limiar de cada rosto, quando o desencanto
Silenciou, camuflado numa amargura.

Uma nefasta melancolia, aninha-se na alma
Enquanto murmúrios clamam no vazio
Sentimentos que se embatem, traçados na dor
De cada olhar. Uma despedida sem volta.

Ecos na alma,de um entardecer melancólico
Um lânquido vazio no infinito, um solitário arrebol
Marcado no destino, tecido na tristeza com
Sofreguidão...A dor de quem segue sozinho.

Assim, marcado na memória, quando
Canta em notas choradas, o pêndulo do tempo
Anunciando, seu canto melódico, a Ave Maria
Enquanto a dor desbrava seguindo em procissão.

Passos indecisos. Último caminho a trilhar
Na sombra da agonia, um manto escuro, vestido
De ironia, arrebatado no vazio, um leito de fria escureza
Se guardou,onde findou seus sonhos e esperanças