Tênues fios de luz

Quando o ódio diz que ama,

E o amor cincerro odeia,

É a razão inventando moda.

Tênues fios de luz se entrelaçam;

Ultrapassam os limites

Dos sentimentos insanos,

Buscando a verdade em suas dores;

Os donos do peito gemem

Enquanto o pensamento desafia:

- Dorme! Dorme! Tu és o homem!

O que é teu o bicho não come!

Porém, os olhos acordados,

Insistem em procurar a luz.

Esbarram na cruz e desabam

Em lágrimas inexplicáveis.

Águas passadas retornam;

O cheiro esquisito da flor do medo

Invade o jardim do silêncio.

Um paraíso humano acinzentado,

Acidentado, sedento, sedentário;

Não mais caminha rumo à verdade,

Jaz inerte, esperando o sono.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 23/11/2013
Reeditado em 23/11/2013
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