ELE FOI EMBORA

Então ele se despediu,
Perguntou se a música, era para ele
Respondi que não.
Então ele disse: vou para Micarecandanga.

Fiquei a olhar ele indo embora.
Abriu a porta do carro,
E eu fiquei parada olhando
Ele indo embora.

Não sabia o que fazer,
Fui para onde ninguém me visse,
Cheia de lágimas e soluçando.

Uma amiga veio em meu socorro,
Sentada no chão do banheiro do clube
Ela me pegou pelos ombros,
Levou-me para casa e me deu um calmante.

Colocou-me na cama a soluçar,
Pois sabia que ele não ia voltar.
Logo dormi e esqueci aquela estória.

No dia seguinte era sábado,
Tomei outro calmante e assim
Passei o fim de semana,
De comprimido a comprimido.

Segunda-feira  eu fui trabalhar.
Sete meses depois ele voltou,
Aí fiz uma besteira enorme,
Pois com certeza, ainda estava,
Sob o efeito dos calmantes...

A um dos piores finais de semana da minha vida... 

 


Suzanna Petri Martins
Enviado por Suzanna Petri Martins em 23/04/2007
Reeditado em 26/08/2007
Código do texto: T461026