Tédio

Há dias que o tempo não conforta mais.

O sonho não mais alimenta o encanto.

Eu sento no sofá

Eu fechos os olhos,

Eu abro a porta e olho a rua.

Penso... Quantas gotas d'água molha a calçada?

Quantos são os passos que ali caminham!

E quantos pulmões ofegam

E quantas perfumes se exalam...

E quanta gente não vê,

Não sente, não sabe...

E quanto tormento alimenta a imaginação?

Eu penso o desejo de incriável.

E ao olhar o infinito abismo,

Creio no paraíso

Então, eu fecho a porta

E olho para dentro de mim...

Tudo passa... Mas algo fica...

CALIXTO
Enviado por CALIXTO em 26/04/2007
Reeditado em 02/07/2007
Código do texto: T465130
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