Cântico do vampiro

Escutem, infaustas almas, meu canto de agonia:

No refúgio da minha alma de dor

De tristeza e mágoa.

Agora estou sob atenção,

Fugindo do que sempre esteve dentro,

E a cada instante aumenta a solidão.

Que sacrilégio!

Tece trevas em espaços perdidos

Nos céus estrelas fantasmas...

A iluminar falsas esperanças

No meu angustiado coração.

Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto

Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada

Fruto de desgraça e morte

Que me causa tanto ódio e felicidade.

Tocou meu íntimo, desconhecido

Mesmo depois de tudo

Minha alma está sozinha.

Morra comigo!

Nas idéias fictícias dos meus pensamentos

Fica a mórbida sensação de vazio

Como se eu ressuscitasse das trevas

Para a realidade de um mundo sombrio.

Até quando vagar em busca de vida,

Meu mundo cinza está tão longe das estrelas

Resta-me a escuridão, e com ela tudo o que não se pode ver,

Na mordaz mente de um louco, em busca do anoitecer.

Raimundo Souza
Enviado por Raimundo Souza em 16/03/2014
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