MOMENTO DERRADEIRO
Tenho andado anestesiada,
Entre uma dose de vodka e um diazepan
Vejo a vida passar de forma nublada
Mas é só assim que consigo imaginar um amanhã...
Sei que estou sendo covarde
Mas que danem todos
Se é essa a maneira que encontrei de minimizar a verdade
E dar um fim a todos os meus medos...
Já não há lagrimas para rolar
Chorei tanto e incessantemente
Que o que sobrou foi um nada no ar
E um tudo machucando internamente...
Tenho aguardado por consolo
Mas ele não vem de nenhum lugar
O que me leva a crer que realmente fui estorvo
Não querem pensar em ressuscitar...
Todos os dias ao acordar
Imagino ter sido tudo um pesadelo
Mas é só o pé no chão colocar
Pra reviver o meu momento derradeiro...