A forma de ser, humano.

Preciso de um lugar onde as lembranças não me atormentam, onde as águas límpidas de um riacho possam lavar meu espírito e meu corpo.

Que a brisa do vento sopre suave em meu rosto me mostrando que ainda vale a pena viver. Preciso de um lugar onde as pessoas são pessoas, o respeito é a única lei. E tirar de dentro de mim esse monstro que habita meu ser, corrói, sela meu coração e me torna descrente.

Preciso de uma mão amiga que me ampare na certeza da queda.

Preciso respirar e acima de tudo colocar para fora de mim todo esse tormento, Este monstro, algoz, feroz, me envolve e minha tentativa de me libertar consome a luz que me sustenta.

Preciso acreditar que ainda vale a pena ser humano e que acreditar é o único caminho. Acordo e me canso do mundo. Abro os olhos para uma realidade do dia que enfrento e nada vejo. Então olho para o céu e, entre as nuvens que se formam como me indicar mais um dia de tempestade, me aquece a face alguns raios tímidos do sol.

A esperança fica por conta da fé. A fé me fortalece, mas, muitas vezes, lutar contra a corrente é um ato desesperador à medida em que o abismo da queda parece estar muito mais próximo de nós que as margens seguras do rio. Não sei mais o que fazer, onde ir, onde chegar.......

Luiz Caeté
Enviado por Luiz Caeté em 27/03/2014
Reeditado em 14/12/2021
Código do texto: T4746516
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