Inútil

"...inútil(...)

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Foi com esta palavra que encerrei o meu percurso por este mundo de fascínios e descobertas a mercê das interperes da vida.

Foi com esta palavra que dei início não ao fim perene, mas a uma viagem por enquanto só com a passagem de ida.

Foi com esta palavra que se encerrou um desabafo de enunciado com os mesmos vocábulos, dos mesmos pensamentos.

Ideologias, crença absoluta, sentimentos desvairados, ausência de fé dentre outros. É uma parte de mim que morre advindo destes eventos.

Deitado na cama estreita, no breu do quarto franzino, apenas os meus pesares e o belo som da bátega ocupam o espaço delgado diante do Eu prostrado.

Se eu pudesse emergir do meu corpo, como a alma se desprendendo da carne, eu veria um garoto, acuado como um bebê, vislumbrando o infinito sob o estado desalentado.

Aos que lerão esta obra poucos ou ninguém serão instigados para entender a mensagem que quero transmitir.

Objetivo frívolo, chamar a atenção, reunir e se tornar centro das discussões é o que não quero conseguir.

É somente a loucura me mantendo vivo, ainda em harmonia o meu juízo, prontificando a criação desta poesia.

Inútil, é com este adjetivo que deixo a mostra a tristeza abissal, é com esta palavra que finalizo o meu dia"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 28/04/2014
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