TUA BONANÇA...

Não choro pelas cicatrizes que a vida me deu,

Não, isso seria tolice!

Choro pelas feridas que ainda estão abertas,

Que sangram... queimam... vulneram.

Minha mão está cansada de segurar essa dor,

De tentar estancar o sangue.

Choro sozinho,

Pois não quero que sinta o mesmo!

La fora ainda não clareou,

Aqui dentro já não chove tanto;

Peito, ainda alagado... ilhado.

Quem sabe nuns destes dias de ventos forte

O acaso, com causa, traga você aqui;

Sei que contigo, o vento trará em suas asas,

Essa tão falada, sonhada, mitológica felicidade.

Tive até a impressão que o dia estava clareando,

Mas foi alarme falso!

A neblina se dissipou,

Mas ainda está frio aqui.

Deixe estar!

Ainda à muitos capítulos

Neste livro sem cor;

A estrada é longa, mas

restam poucas pedras.

Mas se eu morrer antes de poder te abraçar,

deixe ao menos uma lágrima, por mim, cair desse teu olhar;

Assim levarei um pouco de ti, em mim... enfim.

Guerreiro Tharley
Enviado por Guerreiro Tharley em 06/05/2014
Código do texto: T4796589
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.