Torre de Marfim

Quando distraído passeio

Por um belo jardim

A entreter-me com soluções aos enigmas

Deparo com a Serenidade

E todos os enigmas se suicidam aos abismos

Por longos séculos nos beijamos

Nada era mais necessário

E as estações desfilavam

Uma a uma em pura exaltação

Até o Tédio intrometer se

Com sussurros apáticos

E a Serenidade em pranto me disse adeus

Agora ando perdido

Por um tempo sem encanto

Como um belo poema

Trancado num baú qualquer

E que nunca será apreciado

A solidão colhe saudades

Com flores pra enterrar

Em meu peito ferido por flechas envenenadas

Adormeço em alguma sepultura

Talvez no fim do caminho

Irei despertar numa noite silenciosa

Abraçado com a Serenidade em um leito eterno

Onde poderemos criar as mais belas ilusões

E não haveria mais lagrimas pra nos afogar

Em angustias mutiladoras de sonhos

Na Torre de Marfim iremos contemplar

As Pacas trançar teias de contos intermináveis......

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 08/05/2007
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