Estrondo

Um Barulho.

Quebrou o Silêncio da noite,

Acordaram os ratos escondidos em suas tocas,

Cachorros iniciaram seus latidos, e gatos, seus miados.

Não se vê nada,

Só se ouve o estrondo!

Pá! E o sol ilumina mais um morto,

Coberto por um saco preto.Que desrespeito!

O acontecimento, ficou oculto no maldito beco!

O Encontraram decomposto,

Sumindo no concreto,

O beco todo, ficou fedorento.

Faixas amarelas, Perícia.

E o perito diz:

''A bala atravessou o peito!''

O estrondo veio, e se foi,

Junto a ele também se foi o varão,

Perfurou o coração...

Ninguém sabe, mas foi uma execução.

Ato de um Mercenário!

Passou no noticiário.

Um riu, o outro aplaudiu.

Sua Família? Pranto Total!

Para os outros, Cotidiano! Normal!

Três dias atrás,

Te pago tanto, quero ele morto,

O varão sai de noite, às oito.

Aceito, patrão.

Dois dias atrás,

Seguido e observado.

Anotado, sai na brisa matutina,

Volta diante da brilhante lua minguante,

Anda sozinho pela rua Cavalcante.

Um dia atrás,

Pelas costas,

Pá!

Arrastado e jogado no beco,

Mágico jeito de conseguir dinheiro.

E então, correram os ratos de suas tocas,

Cachorros latiram, e gatos miaram, e o Sol brilhou menos um varão.

Volph
Enviado por Volph em 15/05/2014
Reeditado em 12/08/2014
Código do texto: T4807792
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