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Dói a Garganta


Dói demais minha garganta
Pelo grito sufocado, 
Aquilo que não falei,
Aquilo que foi calado.

Arranha-se, lanha-se em espinhos
O céu negro da minha boca
Onde nuvens de enxofre
Escurecem os meus dentes.

É preciso abrir a boca,
Soltar essa minha voz rouca
Dizer o que for preciso...

Deixar a palavra louca
Ganhar os moucos ouvidos
Que ainda estão dormentes.




Texto baseado na imagem


 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 27/05/2014
Reeditado em 27/05/2014
Código do texto: T4822371
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