POEMA PRESO

Hoje meu poema trancafiou-se

E de minh’alma não quis sair

Pálido e com medo

Extrapolou as exigências a se cumprir

Magoou-se quando eu lhe disse

E ficou muito irritado

Se for para falar de versos tristes

É melhor ficar calado

Portanto ele entendeu

Que era uma regra imposta

Há muitos dias que se esconde

E nem sua face ele me mostra

Apenas ele me disse

Não gosto de todas estações

Acho o inverno muito triste

E o outono sem noção

Mas tenho para ele uma receita

Sei que de imediato ele aprova

Dar-lhe-ei a essência do meu beijo

E um largo sorriso à amostra

Sei que ele sente comigo

Quando amo e quando sofro

Parece perceber tudo

Emoção, paz e desgosto

Mas quando chegar a Primavera

Meu desejo se aflorará

Meu poema então livre

Voará... Voará...

Lúcia Alves
Enviado por Lúcia Alves em 10/09/2014
Reeditado em 10/09/2014
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