POEMA PRESO
Hoje meu poema trancafiou-se
E de minh’alma não quis sair
Pálido e com medo
Extrapolou as exigências a se cumprir
Magoou-se quando eu lhe disse
E ficou muito irritado
Se for para falar de versos tristes
É melhor ficar calado
Portanto ele entendeu
Que era uma regra imposta
Há muitos dias que se esconde
E nem sua face ele me mostra
Apenas ele me disse
Não gosto de todas estações
Acho o inverno muito triste
E o outono sem noção
Mas tenho para ele uma receita
Sei que de imediato ele aprova
Dar-lhe-ei a essência do meu beijo
E um largo sorriso à amostra
Sei que ele sente comigo
Quando amo e quando sofro
Parece perceber tudo
Emoção, paz e desgosto
Mas quando chegar a Primavera
Meu desejo se aflorará
Meu poema então livre
Voará... Voará...